quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Divagando com a alma na ponta da caneta




Os segundos contam
Os minutos parecem horas
E às vezes as horas parecem segundos
E o tempo passa.


Hoje entrego-me às palavras que me revelam a essência.
Entrego-me aos dias que correm e às noites, por vezes demasiado longas, em que o meu ser adormece e vagueia por pensamentos dispersos.
Prendo-me á essência socrática acreditando apenas, sabendo apenas que “nada sei”.
Observo e ouço.
Defino limites mas não superioridades, embora em algum momento nos sintamos superiores.
No dia-a-dia ponho de lado o papel e a caneta e aceito desempenhar o papel de profissional que sou.
Mantenho-me contudo, fiel aos meus valores mas tento evitar pensar no que escrevo.
E de repente sinto-me desfragmentada e vejo que o que escrevo e o que vivo só se encontram durante momentos: quando pego na caneta e começo a escrever.
Sinto que nesses momentos liberto muito mais do que seria de esperar.
Se ler o que escrevo em voz alta sinto que as palavras deixam de fazer sentido. Leio em silêncio pk caso contrário as palavras soarão estranhas.
Por isso, apenas escrevo ao sabor dos pensamentos e quando acabo fecho o caderno e tento adormecer em paz deixando para outros o prazer de lerem (ou não), de criticarem (ou não) positiva ou negativamente aquilo que, num momento de inspiração, necessidade ou desabafo, escrevi com a alma na ponta da caneta….

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Viagem ao interior da alma



Pessoa pouco "recomendavel"
Bastante instavel e imprevisivel
Por vezes sensivel demais
Outras vezes aparentemente indiferente
Coloca um sorriso e diz que está tudo bem
Pode estar mal mas so no limite é que explode
Deixa acumular as situações
Partilha muito pouco
Não fala sobre ela porque acha que nao tem interesse
Prefere conhecer os outros e avaliar por si
Prefere que não a conheçam profundamente
Nunca ninguem se ligará a ela
Tudo porque ao fim de algum tempo para os outros nao terá qualquer valor
Não consigo dizer as suas qualidades
Mas algumas ela terá
Se as tiver alguem saberá quais
Precisa de orientaçao porque por vezes perde-se
Tem um bocadinho de medo do "escuro" por isso às vezes precisa de orientaçao
E fica contente quando a recebe
Ausenta-se por vezes e quando menos se espera dá sinais de vida

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ás vezes não interessa


Ás vezes surpreendemos os outros por simplesmente sermos capazes de sentir.




Não interessa o que sentimos
Apenas como o sentimos
Como o expressamos
Ás vezes atraves da raiva
ás vezes atraves das lagrimas
Ás vezes atraves das palavras
Que podem nao dizer tudo mas ajudam a dar algum sentido ao que somos
Pode nao ser compreensivel
Pode nao ser racional
Tem é de ser verdadeiro
Nao se procura a compaixao
Apenas um meio de expressao

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O tempo.......para esquecer



Sentada na cama ouvindo a chuva a cair, resolvi libertar me e escrever para esquecer....No final li e as lagrimas correram mas senti me mais livre.Uma forma de pedir desculpa e tentar perdoar-me por ter feito sofrer os outros.Perdoar me so com o tempo, aceitar falar disso vai ser um grande passo em frente para nao recuar de novo.....
Eis o que me fez chorar mais uma vez......


Inevitavelmente o tempo passou mas parece que foi ontem que tudo aconteceu.....
Cada passo que dou, cada pensamento me faz recordar-te....
Sentimentos que nao foram destruidos,
Sentimentos que continuam aqui....
Nunca olhei para ti mas foi como se o tivesse feito....
Estás distante e com certeza ja te esqueceste de mim ou tentaste eliminar me da tua vida( o que é compreensivel)
Neste momento mantenho me como sempre: procurando o meu espaço, procurando me.....
Para muitos foi a banalidade, a estupidez, o capricho...
Para muitos foi o engano....
Muitos nao compreenderam
Muitos duvidaram
Tudo mudou mas eu continuo o meu caminho estando tu presente e cada vez mais distante...
Nao sei se falaremos nem se cruzaremos nos caminhos da vida..
Espero que se isso acontecer me encontre num nivel mais elevado de controlo a todos os niveis...
Nada foi destruido
Tudo mudou apenas....
És uma pessoa especial que nunca esquecerei...
És um passado bem presente com um futuro incerto.....

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A racionalizaçao sexual




Há momentos em que nos sentimos mais sozinhos
Momentos em que pensamos se seremos pessoas suportáveis para os outros e se de facto teremos algum significado
Não sao crises existenciais, apenas questoes....
Nem sempre somos capazes de nos dar a conhecer aos outros pk nem sempre nos sentimos preparados para as reacçoes e por isso preferimos ter uma atitude mais defensiva
Uma atitude que nem todos compreendem mas que tem muitas vezes por base a experiencia de vida.
Aquilo que somos é aquilo que vivemos.
Se calhar por isso sentimo nos sem qualquer preparaçao para encarar niveis mais elevados da vida como a emocional.Assim, a nao existencia de relaçoes amorosas - sexuais nao sao uma opçao de vida mas sim um estado de espirito.
A verdade é que a vida nao se resume apenas a isso mas acredito que é importante nao tanto pelo prazer que proporciona mas pelo facto de se ter alguem que nos acha especiais.
Sim isso é importante mas estar num estado de "imunidade" afectivo - sexual permite uma maior neutralidade e encarar as situaçoes com uma maior racionalidade.É possivel ter uma vida normal.
É claro que por vezes sente-se uma maior carencia e as questoes surgem....
No entanto, muitas vezes as experiencias levam a que tal imunidade ocorra. Antes de se pensar em relaçoes temos de pensar em nós enquanto individuos e ver o que podemos dar aos outros, temos de aprender a gostar de nós, a aceitar o que somos, aprender a lidar com as emoçoes.
Nesse sentido, é importante tb estar só para ganhar defesas, para aprender a viver pk só quando o fizermos seremos capazes de fazer alguem feliz.
Não se está a valorizar o egocentrismo mas sim aprender a gostar de viver.
Ok o sexo é importante, as relaçoes tb mas nao ha nada melhor que ser livre. Vive-se sem compromissos, avaliam-se os outros e vê-se ate onde s pode chegar.
As emoçoes existem e nao se é insensivel, simplesmente é necessario muito mais do que ceder simplesmente a instintos.
A imunidade pode nao durar para sempre mas mesmo que dure td se manterá normal.

Resumindo :
As relaçoes sao importantes
O sexo é importante
É possivel controlar os instintos e manter uma atitude racional
Cada pessoa é diferente e por isso encara as carencias de uma forma diferente. td o que se é resume-se ao que se vive.
É importante definir objectivos e ter prioridades
enfim, a vida é simples. Para quê complicá-la? :)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A beleza está em mostrar o esqueleto?




Termos uma boa aparência é essencial para causar uma boa impressão nos outros. Mas cada um de nós atribui um peso diferente à sua imagem: uns acham que o que conta é o interior não apostando muito na aparência; outros vêem a aparência como um meio para alcançar o sucesso.
De facto, o culto do corpo e a moda são alguns dos factores que promovem a beleza do corpo feminino cada vez mais magro. Tal “culto” verifica-se por exemplo na apresentação de cartazes publicitários que mostram modelos que são altas, excessivamente magras e com um “palmo de cara”. Eis um padrão de beleza que, a maioria das adolescentes tendem a imitar ou porque se sentem insatisfeitas com a sua imagem ou porque desejam de facto ser “modelos”.
Com vista a tornarem o seu corpo “escultural”, as jovens submetem-se a dietas demasiado duras. Em alguns casos, o desejo de ser magro contribui para o aparecimento de um distúrbio alimentar: a anorexia nervosa.
As pessoas atingidas por este distúrbio (anorécticos) estão constantemente com medo de se tornarem gordos. Para evitar que tal aconteça comem alimentos com poucas calorias. Em alguns casos a obsessão passa pela contagem das calorias ingeridas, sendo algo catastrófico, engordar algumas gramas. Assim, para evitar o aumento de peso recorrem a laxantes ou fazem exercício físico durante muitas horas.
Na verdade, a percepção do corpo é distorcida, pois mesmo estando magras vêem-se gordos, desejando emagrecer mais.
Este emagrecimento excessivo tem como consequências: a cessação da menstruação, hiperactividade, perturbações do sono e até a morte (em casos extremos). Para 40% dos doentes o tratamento desta doença pode variar entre o tratamento em ambulatório até ao internamento compulsivo e alimentação intravenosa, sendo realizada com sucesso. Infelizmente para uma grande percentagem, a doença é crónica.
Perante isto, considero que os maiores culpados são aqueles que permitem que pessoas doentes sejam admitidas como “ideias de beleza”, ou seja como modelos. Modelos? Modelos de quê? Modelo pode definir-se como “coisa ou pessoa que merece ser imitada” o que não me parece ser o caso.
Ser um esqueleto ambulante por um momento de fama?
Na minha modesta opinião: antes saudável e com “curvas”, do que um esqueleto ambulante cujo destino poderá ser o cemitério.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fases Lunares






Tenho fases como a lua....
Tenho fases em que me sinto cheia de emoçoes, energia, criatividade,sonhos;
Quando nao me sinto bem, sinto me minguar;
Sinto me pequenina e perdida no meio da "multidao" de estrelas;
Em determinados momentos sinto que cresço
Cresço e enfrento os fantasmas;
Quando isso acontece, sinto me nova como se renascesse de novo
E é nesses momentos que amanhece no meu ser e o Sol volta a brilhar;
Volto a ser a alma que vive sonhando com os pés bem assentes no Espaço Terrestre..

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Diferentes mas nao muito....




Surgiste na minha vida quando expressei esse desejo….
Surgiste quando de facto disse que queria que existisses….E assim foi….
Preencheste um vazio….
Ao longo destes anos temos caminhado juntas, tentando à nossa maneira definir o que somos e também o nosso “território”. Somos diferentes, é verdade….
Vives à tua maneira e sabes bem o que queres…..
És o combustível que por vezes necessito para avançar….
Somos diferentes, mas iguais….
Dizes aquilo que preciso de ouvir e dizes-me aquilo que sou .....
És directa e não tens rodeios;
Sei que o fazes para provocar alguma reacção da minha parte e de facto às vezes deixas-me a pensar.....
Definimos os limites
Cada uma sabe como reagir e quando se deve afastar…
Às vezes um olhar é suficiente…
Não necessitamos de muitas palavras para nos entendermos.
Quem nos ouvir pensará que não nos damos bem 
Não necessitamos de fazer muitas perguntas… e também não necessitamos de muitas respostas…
Eu questiono e tu ages
Eu refugio-me no silêncio e tu expandes-te ao máximo…

Não tenho nada a apontar-te e acredita que sei que não tenho sido uma pessoa fácil pois por vezes tenho um feitiozinho que deixa muito a desejar…. Fiz-te sofrer (apesar de não o teres demonstrado pois sei que também te refugias quando não queres mostrar as tuas emoções) de uma forma que não sei como conseguiste ultrapassar… Espero que me desculpes por tudo….
Sei que neste momento não compreendes aquilo que sou ( pois nem eu sei) mas talvez um dia entendas todos estes receios que sinto….
Estiveste lá quando precisei e eu sei que apesar de nunca te ter dito, tu sabes bem o que sinto por ti e que és uma das pessoas mais importantes da minha vida….

Adoro-te jovem!

domingo, 11 de outubro de 2009

Numa paixão a esperança é a ultima a morrer

Aos 15 anos tive o meu 1 amor e apesar de ter sido platónico, apesar de todo o sofrimento, com ele descobri o meu talento para a escrita.
Eis o meu 1 poema que escrevi ( mt lamechas dirao alguns mas reflecte um grande amor e constitui um grande momento na minha vida que foi a minha 1 e unica paixão ( amorosa).
É o amor da adolescência :)e nada melhor do que partilhar o que ja passou:)
Hoje soa um pouco estranho,lamechas,romantico,dramatico demais...Mas como se costuma dizer ...o amor é louco ou seja tolda por vezes os pensamentos e ficamos assim.....profundos :) (no meu caso fui demasiado mas vocês me dirão) :)



Quando te conheci
Fiquei fascinada
E não tive palavras
Para mostrar como estava encantada.

O meu rosto iluminou-se,
O fogo do meu coração acendeu,
E foi assim que o meu amor nasceu.

Era uma chama intensa
Que incendiava todo o meu coração,
No entanto nunca tive coragem
Para declarar esta paixão.

Esta paixão nunca declarei
E por causa dela todas as noites chorei.

Nunca a declarei
Pois nunca tive coragem,
Mas sempre que olhava para o céu
As estrelas formavam a tua imagem.

A tua imagem estava no céu
E eu pedi à minha estrela cadente,
Que nunca apagasse esta chama ardente.

A lua iluminava o céu escuro,
E por uma vez deixei que iluminasse o meu coração
E pedi que me desse coragem,
Para não desistir desta paixão.

Essa esperança nunca perdi
Esperei sempre por ti
Pois ocupavas o meu coração
Mas maior foi o desgosto,
Maior foi a desilusão,
Quando me disseste
Que nada por mim sentias
Não te apercebias como me ferias.

Acabaste por mentir,
E disseste que gostavas da minha melhor amiga,
Eu acreditei e tomei-a por rival
Mas no fim fui eu quem acabou por ficar mal.

Uma amiga quase perdi
Por causa de ciúmes,
Mas ficamos frente a frente
E a sinceridade reinou,
No entanto uma lança
No meu coração se espetou.

Uma lança ficou espetada
Quando acabei por saber,
Que as pessoas que me rodeavam
Não eram amigas a valer.

Ainda tenho esperança
Mas se isto continua assim,
Dentro de pouco tempo
Não passarás de uma lembrança.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Os anjos....



São como as pérolas: aparecem raramente e têm um valor inestimável…..
Olhamos para eles e eles muitas vezes acabam por reflectir aquilo que somos….
São muitas vezes o espelho da nossa alma…..
Usam muitas vezes eufemismos para nos dizerem aquilo que é duro de ouvir…
Outras vezes dizem a verdade dura e crua….
Estão presentes quando necessitamos….
Mesmo que não seja fisicamente, em alguns momentos recordamos aqueles que já não estão perto de nós fisicamente e imaginamos o que nos diriam em determinadas circunstâncias…
São o ombro que necessitamos em momentos de tristeza….
Ouvem, observam, reflectem….
São alguns dos anjos que andam na terra……
Alguns acompanham-nos na longa viagem da vida….outros saem em paragens (mais cedo ou mais tarde do que esperávamos).
Às vezes nem nos apercebemos da sua saída… apenas sabemos que quando damos por isso eles já não estão lá….
São os anjinhos a que se dá o nome de AMIGOS e é a esses que quero agradecer por tudo( aos presentes e ausentes)…………

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tu e eu...juntas e em paz.......




Esta noite…esta noite senti-me calma e livre….
Simplesmente dirigi-me ao meu quarto e acendi a luz e fiquei a ver o esvoaçar das cortinas…senti-me bem……
Entrei no quarto, abri o armário e tirei de lá a roupa que necessitava e mudei-me…
A janela estava entreaberta e o vento da noite fazia num movimento regular movimentar as cortinas.
Dirigi-me para a minha varanda e deixei-me ficar na soleira, entre a luz artificial e a escuridão da noite…fiquei no “limite”…. Deixei-me ficar a sentir o vento a acariciar-me a face, a sentir o cheiro da noite, a apreciar o seu silencio…
Para apreciar de uma forma mais intensa, saí para a varanda e encostei-me às grades e fechei os olhos… Limitei-me a não pensar….mente aberta….sem nada nem ninguém… olhei para o céu e vi as estrelas….
Deixei-me ficar, libertando-me dos sentimentos e pensamentos….
Gostei de olhar para ela, de estar com ela…. Gostei da noite porque deu-me aquilo que precisava: paz e calma…
Minutos depois desviei as cortinas e entrei no quarto mas antes dei uma última olhadela ao céu e esbocei um sorriso.
Abri o armário e retirei as almofadas, desviei as roupas da cama e deitei-me….
Senti-me calma…prometi não pensar pelo menos esta noite… quis dormir apenas…
Aconcheguei-me no meu ninho e adormeci livre das amarras (pensamentos e sentimentos menos positivos).
Hoje estivemos juntas em “comunhão”: eu e a noite.
Juntas e em paz…….

sábado, 5 de setembro de 2009

Gosto de ti,mas às vezes.....

“Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade”

Paul Valéry



Nada fazes e fazes tudo
Atrapalhas me ás vezes com a tua presença
Quando acabas por anular aquilo que sou
Quando me deixas possuída por ti
Quando nos tornamos um só
Quando de repente és tu que comandas
Não gosto de ti……

Gosto de ti porque não me questionas
Gosto de ti porque posso envolver-me ctg
Gosto de ti porque me aconchegas
Gosto de ti porque me deixas estar contigo quando me sinto sozinha
Gosto de ti……apenas quando as palavras não são necessárias.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Debaixo do Véu......de vez enquando




Há uns tempos atrás perdi-me e deixei-me envolver no véu da escuridao.Estava sozinha num mundo que era um verdadeiro labirinto para mim. Apesar de ter proucurado uma saída nao consegui...Entao pensei que seria mais facil lá ficar...Habituei-me ao escuro e deixei de suportar a luz, o contacto humano...
Deixei me lá ficar envolta na tristeza,na cobardia e em tudo o que poderia de alguma forma anular a minha existência.....
Mais valia andar na sombra e acreditar que ninguem daria por mim porque ninguem se deveria preocupar com alguém como eu....Para quê?
Ao fim de bastante tempo, voltei a encontrar-me.Olhei me ao espelho e disse: Quem és tu estranha?
Tornei-me estranha para mim mesma....
Hoje encontro-me em frente de alguem que estou a tentar conhecer pk sinto que uma parte de mim ainda está presa ao passado......
Em alguns momentos sinto me a fraquejar e tudo parece voltar ao ponto em que fiquei há uns tempos atrás.....
Nesses momentos digo a mim mesma " não há ninguém que me possa ajudar a controlar tudo isto.nao interessa o que sinto pk estes sentimentos nao devem existir...O medo é o extremo de cobardia...Medo de seguir em frente...Não posso ser cobarde porque nao o sou...Não posso ser....Não posso fazer sofrer os outros pois isso nao faz sentido....Tenho de tentar recomeçar e encontrar-me....Não me posso esconder e esperar que os outros lutem por mim....Já morri demasiadas vezes...Não posso morrer de novo...."

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acreditar,Sempre...



Ás vezes pensamos demais
Ás vezes amamos demais
Ás vezes queremos demais
Ás vezes desejamos demais
Qual será o meio termo?
Será possivel encontrar o equilibrio?

Acreditamos que podem gostar de nós....
Acreditamos que podemos fazer os outros felizes....
Acreditamos que podemos ser capazes de tudo....
Acreditamos que existe a pessoa ideal....
Acreditamos que os outros têm algo que nos faz falta....
Acreditamos que podemos ser o centro do universo....
Acreditamos que nunca seremos esquecidos.....
Acreditamos sempre mesmo que possa ser mentira.....
Acreditamos porque achamos possivel tudo o que desejamos......
Amamos porque acreditamos
Desejamos porque acreditamos ser possivel....
Odiamos porque acreditamos ser a unica forma de nos defendermos dos outros....
Acreditamos.......simplesmente porque é acreditando é que é possivel viver.....

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Amor habita em Nós!



Algures na nossa vida Ele existe. Está Connosco Sempre que precisamos de alguém ou de algo. Falamos Dele como se fosse algo banal, simples de entender, de partilhar. Pensamos que o Amor só existe quando nos apaixonámos por alguém e dizemos “ Amo-te”. Mas será que é mesmo assim?
O Amor existe, mas será que, está apenas presente na paixão por alguém especial?
O Amor é mais do que isso….
Nós amámos Sempre. Há Alguém que está perto de nós, acima de nós e que muitas vezes queremos ignorar. Dizemos que não acreditamos nesse Ser Universal mas há momentos em que apelamos pela sua Ajuda Divina. Desejamos ardentemente a sua presença.
Dá-mos Lhe muitos nomes mas pouco sabemos ou queremos saber e conhecer. Sabemos que o Seu Filho fez milagres e morreu por Nós. Mas porquê?
Não passamos de uns seres mortais, pecadores… mas mesmo assim, o Seu Filho acreditou em Nós, que seria possível a nossa Salvação. No entanto não queremos acreditar Nele.
Para Nós, seres mortais, o mais importante é ir à missa para demonstrar que somos muito religiosos e que merecemos o Céu. Mas o que é que interessa ir à missa?
È verdade que isso é importante, mas o que é que interessa ir à missa se Nós próprios não deixamos que a Palavra Dele entre no nosso coração? Se vemos a missa como uma forma de dizer que somos cristãos, e não fazemos nada por isso, então a Eucaristia não tem qualquer significado.
Sabemos que as igrejas, os templos são a casa de Deus mas será que essa casa, esse edifício material é de facto a verdadeira Igreja?
Podemos pensar que é um local de culto e de oração, mas será que não é possível demonstrar a nossa fé sem lá ir?
Quero com isto dizer que, não interessa o local onde nos encontremos para demonstrar a nossa fé.
A verdadeira Igreja é o nosso coração! Não interessam as palavras pois elas estão lá gravadas e Ele sabe-o. Tudo o que desejamos, o que pensamos está lá.
Tantas vezes pedimos que Ele nos oriente e nos ajude a tomar decisões! Fazemo-lo sem saber, sem saber quem é esse grande Amigo. Tratamo-lo como tal mas nem sempre estamos dispostos a Ouvi-lo, pois para Nós, isso é algo insignificante. Pensamos ser capazes de comandar a nossa vida e que temos o destino nas nossas mãos. Isto são apenas suposições e nada mais. Cada um acredita no que mais lhe convém.
Algures no nosso coração algo mais forte e sublime se encontra. Mas por medo do que poderemos encontrar, tentamos fechar o nosso coração a tudo o que há de mais belo.
Em algum momento, acabamos por descobrir que afinal o “Outro” conseguiu de uma maneira ou de outra por matar o que de mais belo lá se encontrava. Acabamos por tornar o nosso presente um passado que à muito tempo estava guardado nas nossas recordações.
Sentimos todo o tipo de culpa mas… lá no fundo uma chamazinha começa aos poucos, a ganhar força e acaba por fechar por algum tempo o “Outro”. Sim…é a Fé que à medida que vai crescendo vai trazendo consigo a Esperança, o Amor e a Paz espiritual.
É a força dessa chama que nos permite dar uma nova forma à nossa vida que consideramos ser sem graça.
Sim…Ele está ali, bem dentro do nosso coração. Ele permite que nós ouçamos a criança que está dentro de nós mas que foi esquecida. Nós Amamo-lo. É Ele que nos leva a desenvolver a nossa força e a nossa fé espiritual, e alargar dessa forma, a nossa alma até aos confins da Morte física.
Sim…Ele está lá.
Fazemos tantas coisas de que nos arrependemos, erros que juramos que nunca mais iremos repetir. Pensamos que a nossa experiência de vida nos permite evitar esse tipo de situações. Pensámos que temos maturidade e que por isso temos tudo sob controlo. Conhece-nos tão bem!!!
Sim Ele está lá, aqui, algures e olha por Nós. Trata-se do Amor que nos dá a verdadeira força de viver. É nesse Amor que nos refugiámos quando desejámos chorar, desabafar e nos sentimos desencorajados.
Este Anjo, se assim posso chamar, não tem rosto!!!
O seu verdadeiro “rosto” não é físico. Este é o espelho da alma dos Homens e com certeza deve estar sombrio….
De uma forma ou de outra Ele protege-nos. Mas infelizmente os Homens consideram que Ele os quer ver sofrer. Pensam que todos os seus sofrimentos são por sua culpa. Mas não…. Nós somos apenas vítimas dos nossos pensamentos perversos. Se sofremos é para pôr à prova a nossa Fé, e desta forma, o Anjo poderá ver se a Nossa fé é verdadeira e se merecemos, de facto, o Paraíso.
Sim nós amamos: a nossa família, os nossos amigos e todos aqueles que de uma forma ou de outra demonstram o seu afecto. No entanto, temos vergonha de dizer “Amo-te” pois temos receio de sermos mal interpretados.
Enquanto que vivemos uma vida terrena, sentimo-nos incapazes de viver inteiramente todos os momentos que nos são proporcionados. Considerámos que todos os dias são iguais e rotineiros. Mas porque pensámos isso?
Porque não somos capazes de descobrir em cada manhã cheia de sol, num pequeno gesto de amizade, de amor, de partilha a diferença de cada dia. O mais importante é a superficialidade e assim acabamos por deixar a nossa Felicidade fugir.
Devemos permitir que a Fé, a Esperança, a paz e o Amor temperem a nossa vida com cor e alegria para que não nos orientemos para o caminho do medo, da tristeza, da solidão….
O Amor está escondido lá no fundo do nosso coração. Mas um dia Ele, no momento certo irá manifestar-se e nesse maravilhoso momento, poderemos dizer, com toda a convicção que:
O Amor habita em Nós!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Equilibrio do amor


Pergunto me se haverá algo mais bonito que ver duas pessoas apaixonadas....
Um olhar que diz tudo;
Onde as palavras nao sao necessarias:
Os conflitos sao resolvidos com base no consenso;
A confiança fortalece a relaçao;
Não se está no centro do universo;
Nao nos podemos esquecer que quando isso acontecer estaremos emocionalmente dependentes dessa pessoa pois essa pessoa será essencial na nossa vida.....
Será isso mau??
Nao sei.......
Nao nos podemos esqucer do que somos acreditando que mesmo que essa pessoa desapareça, seremos capazes de continuar em frente e nao sentir qualquer tipo de desvalorizaçao ou sentimento de culpa, tristeza ( o que será inevitavel)
Mais do que tudo devemos encontrar o nosso equilibrio antes de mais e pensar se teremos capazes de dar aos outros aquilo que eles necessitam;
Dar..... dificil quando somos demasiado exigentes.....
O amor so será possivel quando formos capazes de sonhar e acreditar que temos algo que os outros necessitam....
Mais do que tudo,só aceitando aquilo que somos poderemos "dar-nos" aos outros de uma forma completa, harmoniosa e equilibrada.....

terça-feira, 28 de julho de 2009

Em constante crescimento



Um amigo meu disse uma vez que “nunca estamos preparados para o que não queremos sentir, deixar, amar, sonhar….”
Será que é mesmo assim? Acredito que por vezes os nossos desejos podem levar-nos a ter receio e até insegurança. Não porque não queiramos realizar os nossos sonhos mas por termos medo de falhar e que pensem que não somos capazes de ir mais além. Pomos em dúvida aquilo que somos e pensamos que somos inferiores. Apesar desses sentimentos que por vezes podem destruir a nossa auto-estima, devemos ter consciência que somos seres humanos e que por isso, temos o direito de falhar e de voltar a tentar.
Toda a gente falha pois ninguém é perfeito e se alguém pensa que o é, engana-se redondamente.
De repente, tudo isto fez-me lembrar a história de encontrar a pessoa ideal e questiono-me se essa pessoa existirá.
De facto, ao longo da nossa vida conhecemos pessoas que nos fazem passar bons momentos, maus momentos, nos fazem rir, chorar, crescer e nos demonstram a sua amizade, carinho e que possuímos algum valor.
A minha convicção é que as pessoas ideais existem e contribuem para o nosso crescimento a todos os níveis, a essas pessoas costuma dar-se o nome de amigos.
Iremos encontrá-los no comboio da vida e será com eles que iremos partilhar a nossa existência pois “ apesar de sermos protagonistas da nossa existência são os outros que nos marcam profundamente” e contribuem para a nossa felicidade.

sábado, 25 de julho de 2009

Saudade


Há um sentimento, que entre muitos outros me intriga porque é uma forma de sentir diferente. A esse sentimento que um dia foi apelidado de saudade, paira em momentos distintos da nossa vida.
Recordamos pessoas, momentos que nos marcaram positiva ou negativamente. Pela negativa? É um pouco estranho dizê-lo….
Simplesmente recordamos os maus momentos desejando que as coisas tivessem sido diferentes. Sentimo-nos arrependidos por tudo o que fizemos ou por aquilo que não fizemos e deveríamos ter feito.
Independentemente das marcas que os maus momentos nos possam ter deixado, tentamos ver o lado positivo de tudo isso e sentimos saudades. Tentamos ver o lado positivo das coisas negativas. É a melhor forma de encarar a vida, não?
Com certeza já ouviram musicas, visitaram locais e lembraram-se de coisas, de experiencias pelas quais passaram e sentiram o sentimento nostálgico de regresso ao passado. Por outro lado podem sentir-se bem por tudo o que já vos aconteceu até hoje.
É verdade que não podemos viver do passado mas será que este não poderá orientar-nos para o nosso futuro?
Quando recordamos revivemos porque a saudade é isso mesmo: reviver tudo o que nos fez rir, chorar, sonhar….
Hoje, se nos arrependemos de algo, podemos simplesmente aceitar que erramos e olhar para o futuro com esperança que tal não se repita.
A vida é um caminho que é feito ao andar e é essa vida que temos de viver.
Mas acredito que também é necessário reviver as saudades nas nossas recordações, vivendo o presente com esperança no futuro.
Assim, sonha com um futuro que alimente as tuas fantasias e sê feliz à tua medida!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O "Morrer" e o Renascer

O seguinte texto é baseado numa experiência real e pessoal, que para muitos poderá ser incompreensível...Este texto tem por objectivo alertar para o que pode acontecer quando se está com uma depressão.Não pretendo com este texto ferir susceptibilidades ou dramatizar a situação. Apenas chamar a atenção para um problema que existe e que muitas vezes é banalizado....




Por vezes parece que caímos num poço e batemos lá no fundo. Parece que aparece do nada mas quando aparece é capaz de transformar uma pessoa num trapo. A vida deixa de fazer sentido. Tudo acaba...a morte é a única saída. A escuridão e as lágrimas são o único consolo para uma pessoa que perdeu o rumo. Ninguém compreende o que é isso... è como se a vida tivesse acabado. Nesse momento somos capazes de qualquer coisa... e vemos como única saída o suicídio. Mas por outro lado sentimos que não deve ser a única saída. Tem de haver algo que se possa fazer... Não são os medicamentos que resolvem estes problemas, somos nós.
Olhar ao espelho deixa de ser sinónimo de admiração de beleza, de auto estima. O espelho passa a ser o nosso inimigo. Deixamos de ter auto estima, o que vestimos e o que somos não interessa. Podem fazer e dizer o que quiserem pois não faz sentido nenhum nestes momentos. A vida deixa de fazer sentido. As noites passam a ser o nosso pior pesadelo. A escuridão e o medo tomam conta de nós e deixamos que nos possuam de uma forma total. Por um lado temos medo de estar sozinhas mas por outro também não queremos falar com ninguém: apenas silencio e nada mais.
Deixamos de ter vontade de comer, de sair, de falar. Não somos nada.
Só o tempo nos pode tirar dessa apatia em que nos encontramos. Ás vezes basta uma palavra que tudo pode mudar.
É muito difícil explicar isto aos outros pois para eles o que fazemos não passa de uma birra, de um capricho e que o que fazemos é propositado. Compreendemos que estamos a fazer sofrer os que nos rodeiam mas não conseguimos evitar. Depois de muito tempo as coisas começam a voltar ao normal mas as marcas continuam lá.
Achei que devia escrever para aliviar um pouco. Mas as palavras não são nada à beira de tudo o que passei. Nada pode descrever os sentimentos, pensamentos que se tem. Não desejo isto a ninguém só digo que a vida é boa para se viver e que não vale a pena fazer tempestades num copo de água pois tudo acaba por se resolver.
É um capítulo encerrado da minha vida e que nunca vou esquecer. São estas coisas que nos fazem crescer e pensar que isto não acontece só aos outros. Qualquer um de nós pode cair ao poço... a partir do momento que isso acontece está nas mãos de cada um sair de lá ou não. Eu preferi sair pois não há nada pior do que viver na escuridão.
Apenas tenho a dizer que em momentos de desespero e quando o suicídio parece ser a única saída, a coragem está não em cometê-lo mas sim em não o fazer!

domingo, 19 de julho de 2009

A nossa Eterna Companheira


Nós nascemos para morrer e essa é de facto a nossa única certeza nesta vida. Mas, se tal é verdade para quê ter medo da morte? Sabemos que a morte é a nossa eterna companheira durante a nossa estadia na Terra. Está sempre connosco, por isso nunca estamos sós.
Na verdade, o ser humano enquanto ser racional tem uma grande capacidade para seleccionar a informação que quer recordar e a Morte é algo que está sempre no esquecimento (dentro do possível). Na verdade, não seríamos capazes de suportar eternamente a ideia da morte e viver uma vida tranquila. É algo incompatível!
Embora nós a tentemos esquecer, ela recorda-nos a nossa condição de seres mortais e vulneráveis em pequenos acasos do dia-a-dia a que chamamos frequentemente “ golpes de sorte”.
Por vezes é um segundo a mais ou a menos que nos traça o caminho entre a vida e a morte. Embora já a tenha tentado imaginar, não consegui. A morte, penso que é uma figura controversa pois se por um lado por uns é amada e venerada por ser a possibilidade de aliviar muitas vezes o sofrimento, para outros é o pesadelo daqueles que pensam viver muito tempo. Na verdade, a morte faz parte da vida e por isso não devemos ter medo dela. Quando chegar o nosso momento partiremos por isso, não nos podemos esquecer que não temos a vida na mão. A vida é um ciclo que começa e acaba sempre da mesma forma: com a morte.
Se a morte não existisse, não teríamos objectivos na vida pois estes têm por base o seguinte pensamento “ vou tentar levar uma vida boa para quando morrer deixar alguma coisa para a posteridade”. Todos queremos fazer história de alguma forma pois sabemos que um dia iremos partir. Assim, o ser humano relega a Morte para o inconsciente e luta desesperadamente contra ela, explorando ao máximo o “Carpe diem”.

Indefinição


Não consigo definir-me.As únicas que conseguem fazê-lo são as Palavras. São elas que me preenchem e dão sentido àquilo que sou. Sem elas não conseguiria viver.
Não sei quem sou pois ainda não consegui definir-me como pessoa.Estou à procura do meu rumo e enquanto o faço, encontro nas Palavras o refúgio e o equilíbrio que necessito para viver o "sonho" de me realizar através da arte da escrita.

É mais fácil viver o sonho do que enfrentar a realidade;
Sentir através das Palavras;
Viver a realidade usando a Razão;
Acreditar que alguém se pode "apaixonar" por aquilo que escrevo;
Sonhar que alguém poderá amar quem as escreve;
Basta-me acreditar que as Palavras poderão fazer sentido para alguém, nem que seja por breves instantes........

sábado, 18 de julho de 2009

Menino da Rua


Vagueias na rua
A quem chamas lar
Não tens lugar para dormir
Nem um ombro para chorar.

Pedes esmolas a todos
Para comprar comida
Todos olham para ti
Com uma lágrima contida.

Têm pena de ti
Porque és uma criança
Que vagueia pela rua
Com um rasto de esperança.

Uma tristeza sem fim
Que não consegues dividir com ninguém
O que sentes dentro de ti.
Apenas com um olhar vazio
Esperas por alguém
Queres chorar mas não queres mostrar a ninguém.

Estendes apenas a mão
E todos têm compaixão
Por ti, que és pobre
Mas tens um coração nobre
E uma coragem de leão
Que faz bater o teu coração.

Tentas lutar pelo que queres
Mas a vida não te deu oportunidade
E por isso a tua realidade
É triste e escura.

Mas um Anjo há-de iluminar
Os sonhos que nunca hás-de apagar
Da tua alma de criança
Que nunca perderá a esperança.

Do casamento ao pesadelo


O assunto que aqui vai ser exposto é algo que diz respeito à nossa sociedade. Estou a falar da violência doméstica. Vou tentar expô-lo de uma forma realista, para que não fiquem duvidas acerca das razões que levam a este flagelo social.
Os argumentos que vão ser aqui expostos têm apenas um carácter negativo, quero com isto dizer que ninguém poderá beneficiar com ele. Por isso, vou começar a apresentar as razões que considero mais importantes para o aparecimento deste problema que afecta milhares ou grande parte das famílias portuguesas.
O sonho de constituir família é partilhado pela maior parte das pessoas. No entanto, os casamentos são cada vez mais tardios, porque as pessoas devido à dificuldade em arranjar emprego, primeiro querem-se formar profissionalmente e a constituição da família passa para segundo plano. Mas a vida prega-nos partidas que fazem com que a carreira com que sempre sonhamos deixe de existir. Mas porquê?
Tudo começa com um sorriso, uma troca de olhares. O mundo fica mais colorido e é nesse mundo de cor, fantasia, inocência e sonho que o amor nasce. Entregamo-nos de corpo e alma a esse amor que nos faz viver. Fazemos tudo pela pessoa que pensamos ser a nossa alma gémea. A nossa inocência faz com que a nossa visão da vida seja a mais positiva possível. Acabamos por fazer as coisas na ignorância e não pensamos nas consequências.
Sentimo-nos felizes porque finalmente estamos com a pessoa que nos enche o coração. Mas o amor é traiçoeiro e faz com que aos nossos olhos tal pessoa se torne especial. O amor é o melhor disfarce para os defeitos e traições da pessoa amada. Amamo-la tanto que vemos nela todas as qualidades, mesmo que não as tenha, e os defeitos tornam-se insignificantes!
Se nos dizem mal do nosso amor, não acreditamos mesmo que seja verdade, porque para nós essa pessoa é perfeita. Quando vemos que estávamos errados custa-nos a admitir que fomos traídos. Mas muitas vezes as palavras bonitas permitem que tudo seja esquecido e perdoado. Mesmo que tudo se repita tentamos ignorar fechando os olhos ás traições.
São estas relações, que não baseadas na confiança, no companheirismo e imaturas, que acabam em relações falhadas e casamentos fracassados. Na verdade, nunca conhecemos realmente a pessoa que pensamos ser a nossa alma gémea Para muitos o casamento é a forma de conhecer profundamente o companheiro/a. Normalmente, é no casamento que melhor se revelam os defeitos e virtudes.
Com frequência ocorrem casos em que os adolescentes (principalmente) namoram com as raparigas para poderem satisfazer os seus desejos sexuais.
Ao princípio é tudo um mar de rosas, promessas e juras de amor eterno, depois tudo muda. Quando os rapazes já têm o que pretendem acabam por abandona-las com desculpas esfarrapadas. Elas tornam-se umas autênticas desconhecidas para eles, acabando mesmo por as raparigas ficarem com má fama.
A irresponsabilidade torna-se visível ao fim de nove meses com o nascimento de uma criança inocente sendo as raparigas culpadas por terem engravidado. Os rapazes tentam arranjar mil e uma desculpa para não admitirem a evidência: vão ser pais. É claro que não devemos culpar nem só o rapaz nem só a rapariga, porque ambos devem ser responsáveis pelos seus actos. Este é o principal motivo pelo qual as mães solteiras têm aumentado muito em Portugal.
O facto de os casamentos se tornarem uma obrigação porque as famílias não querem que as filhas sejam mães solteiras faz com que estas uniões sejam uma forma de encobrir os males feitos perante a sociedade.
Estes casamentos imaturos causam frequentemente a infelicidade para o casal. Ter um filho é a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma mulher mas é quando se deseja, quando é com a pessoa amada e quando se tem condições para isso. Nestes casos nada disto acontece.
Sendo um casal jovem, estes são obrigados a abandonar os estudos a rapariga por causa da maternidade e os rapazes para tentarem arranjar emprego.
A família procura ajudar o casal contribuindo para o seu bem-estar e para o conforto da criança que irá nascer em breve.
Ao princípio até é capaz de se aguentar um casamento sem amor mas depois torna-se impossível. Se o amor não existe mesmo com o nascimento de uma criança então os problemas agravam-se. Como a família nao pode sustentar para sempre este casal, eles têm de arranjar emprego o que está muito complicado nos dias de hoje. Caso não encontrem ocupação eles arranjam "empregos" um pouco indiscretos: a rapariga entrega-se à prostituição. Os homens numa tentativa falhada de arranjar emprego metem-se na bebida, droga e muitas vezes mantêm relações paralelas com mulheres ricas para lhe apanhar o dinheiro.
Estes são os primeiros passos para o início de um pesadelo e o fim de um casamento…
Como sabemos os casamentos sem bases para "evoluir" causam o mau estar familiar e muitas vezes o divórcio. O facto de estarem desempregados, o stress, as relações paralelas, os problemas económicos, favorecem o aparecimento de maus-tratos. O refúgio na bebida, drogas e as tentativas de suicídio são as maneiras desesperantes para tentar acabar ou pelo menos tentar esquecer os problemas. O suicídio é muitas vezes a forma encontrada para acabar com o desespero de uma pessoa desiludida com a vida. As mães muitas vezes pensam suicidar-se mas se não o fazem é porque se lembram dos filhos, que para além de sofrerem, iriam ficar sem um amparo maternal. O stress com que é vivido cada dia faz com que os homens (especialmente) se vinguem na mulher e nos filhos. Esses maus-tratos podem ter origem não só naqueles problemas que atrás referi, mas também em doenças psicológicas que se foram desenvolvendo: alterações na personalidade e no humor.
As crianças embora não sejam vítimas directas dos maus-tratos (por vezes nao sofrem fisicamente, mas psicologicamente), à medida que vão entendendo o que se passa à volta delas, ficam com traumas para toda a vida. Tornam-se também pessoas violentas devido ao mau ambiente familiar e o aproveitamento escolar diminui.
As vítimas de violência doméstica sofrem em silencio pois têm medo de represálias da parte da família e da sociedade. Passam a viver num clima de insegurança e de medo. É importante referir que mesmo quando o divórcio é conseguido elas continuam a viver num clima de insegurança uma vez que são perseguidas e atormentadas pelas ameaças dos ex-maridos.
A muito custo conseguem denunciar os seus casos ás autoridades policiais, e estas perante factos mais do que visíveis nao actuam e se o fazem não é eficazmente. Dizem não terem provas, e por isso estes casos são muitas vezes adiados e mesmo arquivados.
Durante todo este tempo estas vítimas vivem num sufoco, como num labirinto, pesadelo sem fim. Muitas vezes este pesadelo tem um final trágico para o "monstro” e um final feliz para a "bela". As vítimas acabam por matar os maridos em legitima defesa. Podemos dizer que este conto de “a Bela e o Monstro é a versão moderna do século XXI.
A violência que existe entre o casal também se deve ao facto de o homem querer manter o controlo sobre a mulher. Isto deve-se ao facto de desde sempre a mulher ter sido considerada um ser frágil e inferior.
As pessoas também deixam-se levar pela crença popular (entre marido e mulher não se deve meter a colher) e de certa forma é verdade, o casal deve tentar resolver os seus problemas a bem. Mas como já disse as pessoas preferem não se meter neste tipo de brigas conjugais e a vitima (que neste caso costuma ser a mulher) sofre as agressões sem dizer nada a ninguém. Mas eu penso que no fundo ambos (tanto o homem e a mulher) são vitimas. A mulher porque sofre as agressões. Poderemos pensar que se calhar também o homem também poderá ter sofrido na pele as agressões quando era mais novo. Não teve quem o apoiasse e ao agredir sente que se está a vingar das pessoas que não o ouviram e que não o ajudaram. Os agressores devem por isso ser acompanhados por um psiquiatra porque eles assim podem desabafar e quem sabe poderão ultrapassar o seu trauma. Se apenas for julgado e o meterem na cadeia ele quando sair de lá repetirá tudo de novo e isso será muito mau… e quem sabe se forem ajudados eles tornar-se-ão melhores e poderão recomeçar, reconstituindo uma família e serem felizes. Por isso é que digo que ambos são vitimas de certa forma.
Penso que apesar de ainda haver muito preconceito as pessoas compreendem e não sentem tanto medo de falar deste tipo de problema. Vivemos numa sociedade mais compreensiva
Na minha opinião estamos a caminhar a passos largos para uma mudança, (quero acreditar que pode ser para melhor), no entanto esta só é possível se todos contribuírem para uma sociedade melhor e com novas ideias. Por isso, basta acreditar que tudo se pode transformar, para lutarmos por um mundo melhor.
Não interessa o que fazemos, mas sim como o fazemos, pois o que fizermos agora poderá ser para nosso benefício ou malefício no futuro. Istosão apenas suposições que poderão ser constatadas na posteridade. Por fim só me resta dizer que “O nosso futuro está nas nossas mãos”.

O Sonho da Velhice


“Quando se chega a esta idade
Nunca se sabe o que fazer
Achamos que estamos velhos
E já não vale a pena viver.
Pensamos que estamos velhos
Mas isso é só na aparência
Porque lá no coração
Vive o sonho da adolescência.
Queremos voltar atrás no tempo
Desejamos o impossível
Vivemos apenas das lembranças e recordações
Que estão bem no fundo dos nossos corações
Pensamos que somos velhos
E que temos os dias contados
Mas isso é mentira
Ainda há muito que viver
Somos apenas uns jovens
Com um coração de criança
Com sonhos e a esperança
De um dia voltar à infância”

O sofrimento pode matar mas o Cuidado pode adiar a Morte!


É complicado tomar uma posição relativamente a um tema tão controverso como a eutanásia, uma vez que estamos a falar de uma vida que está dependente de outra e que sofre.
Considero que a Eutanásia não é a única solução para os casos de doentes terminais e incuráveis. É verdade que cada caso é um caso e não podemos generalizar.
Tive a oportunidade de ver o filme “ Mar Adentro” e confesso que fiquei bastante emocionada com o caso aí retratado e por uns momentos fui a favor da Eutanásia.
Para mim a Eutanásia deve ser aplicada em casos extremos. Mas não acredito que um familiar de um doente terminal tenha coragem suficiente para assumir a responsabilidade de dizer “ Desliguem as máquinas”.
Independentemente do caso é sempre uma responsabilidade.
Se a eutanásia fosse legalizada em Portugal, com certeza aconteceria uma banalização da prática. Primeiro seria para eliminar doentes terminais e depois pessoas velhas que poderiam ser vistas como um estorvo para as famílias (não é por acaso que os lares estão cheios).
Se fosse perguntado ás pessoas que estão no lar se quereriam morrer, a maioria com certeza diria sim não por ter dores físicas mas por se sentirem sozinhas, inúteis. A Eutanásia surgiria assim como um escape para os problemas de solidão que tanto afecta os mais velhos.
Quanto à distanásia, sendo esta o extremo oposto da eutanásia, considero que também não é muito viável. De facto o prolongamento da vida a todo o custo pode ser vista como uma prova de egoísmo por parte dos que permitem tal. Devemos encontrar um meio-termo. Às pessoas que têm dores físicas devem ser aplicados medicamentos que as retirem, mesmo que isso signifique ter menos tempo de vida, pois vale mais viver menos mas sem sofrimento.
Quanto a mim, penso que se deve apostar nos Cuidados Paliativos. Não é matando as pessoas que se resolvem problemas. A eutanásia não é uma forma de dignidade para as pessoas.
É necessário apostar na formação de pessoas para que tratem destes casos mais complicados.
Diria mais: Em vez de as pessoas estarem no hospital “ à espera da morte” porque não estarem em casa e serem criadas equipas ao domicílio de Cuidados Paliativos? Em vez dessas pessoas estarem no hospital a ocupar camas desnecessariamente, estariam em casa e quando morressem ao menos estariam junto dos que mais amam.
Admito que existam casos em que a eutanásia seria viável mas em situações extremas. No entanto, quando falamos em sofrimento, este é relativo. Se por exemplo se perguntar a uma pessoa com depressão profunda se quer suicidar-se, com certeza ela responderá afirmativamente, coisa que não aconteceria se estivesse bem.
São por isso necessários apoios físicos e psicológicos para as pessoas que estão a sofrer, para as famílias…
À que pensar em soluções mesmo que envolvam mais dinheiro, mais trabalho pois estamos a falar de pessoas que estão a sofrer e que necessitam de ajuda.