sábado, 30 de julho de 2011

Inocência da Tentação



Pelo canto do olhar arranham o teu corpo brando e cálido
que se deslinda pelas ruas da cidade.
Empurram, trespassam com a lança do desespero carnal
essa beleza tão pura e e inocente
Que esse teu Senhor esculpiu.
Esse corpo do Paraíso que faz tantos perder o juízo.
Num mundo que  não é teu pois muitos mais navegam em ti,
Nesses olhos tão transparentes e singelos
Que fazem muitos desejar tê-los
Sobre si mesmos.
Trespassam te as vontades e os desejos
Que te tatuam o peito numa vontande incandescente
De quebrar essa castidade tão inocente.
Essas vontades e desejos
dos muitos  que querem possuir te
para alcançar o teu mundo de  Inferno que para ti é divinal
mas que fazem muitos quererem-te
para poderem saciar esse desejo carnal.
Darão o coração por ti
Darão a alma por ti
Para por breves e escaldantes momentos
Agarrarem esse corpo  tão brando e singelo
Repleto de sedução que és tu e
Repousarem inocentemente nesse corpo do
Ser a quem chamam de Tentação
(tão inocente)......

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para ti que te encontro


Para ti que te encontro
 
Ofereço-te o mundo inteiro
Com a ponta da pena no tinteiro.
As mãos muitas vezes vazias
Das partes que constituem o todo
E completamente frias e
magoadas
mas que percorrem as estantes de fantasia
forradas com as alegrias, tristezas e desejos
iluminadas tenuemente com o luar que deixa antever
A corda de sonho
em que ela se balança
Leve , breve e suavemente
Com o sorriso escondido atrás das palavras de papel
que se desfazem por entre os dedos
que se banham nas águas do teu olhar
que é tão doce como o desejo
de te encontrar no luar que ilumina a alma
que se vê da janela do silêncio.

sábado, 16 de julho de 2011

Repousa aqui



Repousa aqui bem perto dela
Repousa aqui onde nasce o fogo que nos queima
Repousa junto á parede onde nos encostamos os dois
Repousa com a Loucura bem colada a ti
Que deseja fazer de ti o seu servo mais dedicado
Repousa bem junto a estas chamas que deixam ver leve e brevemente
O contorno do corpo dessa loucura que deslindaste na tua mente
Com pincel de prata e tinta de fogo
Aproxima-te para repousar
Com a certeza que só conseguirás chegar à loucura
Se conseguires apagar o fogo
Que queima no corpo do ser que fantasiaste na tua mente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Palavras esquecidas


 


Essas palavras que nunca foram esquecidas
 
e que nunca foram ditas
ficaram para sempre esculpidas no peito de quem as sentiu.
Palavras que foram gravadas nas folhas de papel rasgadas
e ficaram abandonadas por aí.
Palavras que ficaram esculpidas na mente que a razão esqueceu….
Todas essas palavras omitidas, muitas vezes descabidas
aos ouvidos de quem as leu.
São as palavras que ficarão guardadas
e para sempre mergulhadas no rio que um dia as escondeu no leito
que num momento fugaz reflectiu o brilho do teu olhar.