terça-feira, 27 de setembro de 2011

Leva-me


A chama que acendeste no meu mundo
Fez ressurgir este desejo profundo
amar (te) perdidamente
Quero estar contigo
Ver o teu sorriso
Ver o teu olhar
Inspiram me as palavras que não consigo articular
E que são as algemas que me prendem
A ti.
Quero dizê-las
Quero que as consigas escutar.
Por isso peço te
Leva me contigo na palma da tua mão
Liberta me das amarras que me prenderam à solidão
Entrego esta alma prisioneira dos teus encantos e desejos
Quero estar contigo pois o teu mundo
É o meu lugar
Onde o tempo ficou parado e o meu coração ficou ancorado
No cais do teu ser 
porque este amor é teu.
Será que não ( me) vês?
Será que não  ( me) lês?
Será que não (me) sentes?
Beijo-te em pensamento
Abraço- te no regaço do sentimento.
Sem artifícios nem palavras soltas,
Digo que te desejo
E te sussurro em segredo
Que te amo perdidamente mas necessitas
Libertar o amor que sinto que ti
Pois as minhas mãos estão amarradas ao que é teu.
Pois no fundo eu sei……
Que eu sou a tua Musa e tu és o meu Romeu.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Gosto de saber...

Gosto de saber que estás aí
Mesmo sabendo que não sei de ti
gosto de saber que nos “vemos” aqui
Nos momentos marcados pela lua tao fria mas tão bela
Que nos faz desejar ser como ela.
Nos momentos que nos encontramos atras das cortinas das palavras
Delineadas pelos  pensamentos e emoções
Tão singelos mas tão frias
Mas cujo eco paira
E são sussurradas no olhar de quem as “lê”
São o que desenha a nossa alma
e preenche com cores muitas vezes negras
aquilo que assumimos como certezas tao solitárias.
Gosto de saber que estás aí
Mesmo continuando o mar a correr
Por entre os vales do ser tao frágil
Como o gelo que preencheu a veia da emoção
Gosto de saber que estás aí
que aceitas visitar o jardim sem flores
cobertas pelos amores gelados
que ficaram naufragados
no mar salgado do teu olhar.
Gosto de saber que estás aí
e que partilhas o silêncio......

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O teu interior entre linhas



Na intermitência da vida tão real e desconhecida
Procuramos nas ténues linhas que nos marcam
as respostas que nos embarcam nesta viagem ao nosso interior
Repleto de sombras, tristezas e dor
Que encobrimos com a máscara certa
o nosso lado mais lunar.
Sei que sabes que sim
E que para ti o mundo está às vezes ao contrário
E por entre sorrisos, alegrias e gritos
Afastas o que te faz doer nos singelos momentos da vida.
Sei que acreditas  que está tudo bem
Que procuras na realidade um sonho também
Mas no fundo sabes bem
Que o amor que desejas
Te fez sofrer muito além do que seria possível para ti
Que te rasgou a pele suavemente de uma forma permanente
E que te fez lavar as feridas
Com o mar salgado que sentias
a escorrer-te pela cara
E numa intermitência tão dura
Que te feriu a pele tão nua
Desejaste nunca mais correr atrás do que tanto desejavas ter
Bem juntinho do teu ser
Como se fosse o teu anjo da guarda.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ao ritmo do coração

Os crentes não devem desejar ler a mente da alma que paira por aqui pois trata-se de uma utopia que deve morrer em ti.


Ouve se o coração a bater compassado
Num ritmo lentos mas por vezes acelerado
Com a mente no infinito
Sendo abafado o grito que veio e não se foi
Leve, breve e suave
Sente-se o pulsar do ritmo
Totalmente oposto aos fantasmas dispostos
Na mente da menina que ficou adormecida
E ficou escondida nas palavras que alguém leu
Palavras silenciosas
Palavras mentirosas
Palavras frias
Pois deverão ser aquecidas
Pela paixão e emoção de quem desvenda com o olhar
Que num ritmo lento do bater do coração
Foram escritas  pela mente de uma alma qualquer.