domingo, 26 de fevereiro de 2012

Bailado de sedução



Não consigo tirar os olhos de ti
Mesmo que queira não consigo

Abro os olhos e consigo ver-te
Adormeço e consigo sentir-te
Num simples bailado de sedução
Em que permanecemos bem juntos
Tudo parece parar e nada mais importa
Conseguimos sentir num simples toque todos os contornos dos corpos.

O que fica é a intensidade desse momento em que tudo acontece mas nada se vê.
Sentes o perfume.
Consegues delinear com os teus dedos todas as curvas desse corpo que tens entre mãos .
E no momento da partida fica apenas um pedido
que faz o tempo parar
“Espera dá-me um beijo”
"Queres um beijo meu?”
Numa atitude de desafio ficamos encostados à espera que o inevitável aconteça

E o tempo volta a contar a partir do momento em que os lábios se tocam.
Porque afinal o tempo aqui mede-se a partir de um beijo
que termina simplesmente não com um adeus mas com
amo-te.
Nesse momento abro as janelas do meu corpo: o meu olhar....

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vagueando


Porque não podemos procurar as coisas certas pelos motivos errados


Vagueias pelas ruas desertas
Tendo um destino incerto
Caminhas assim
com as roupas rasgadas e com o cabelo em desalinho
com as mãos gastas
e os pés magoados.
Caminhas com a alma livre
e despregada do chão
e nas mãos levas o coração
despedaçado
com as lâminas da paixão
que te prendeu numa prisão

a que um dia chamaram solidão.
Chegaste às margens do rio e viste a razão desse coração partido
refletido na água que lavará a alma....
Pois no fundo sabes bem....

“o amor é uma doença quando esperamos ver nele a nossa cura

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Hoje apeteceu-me


Hoje apeteceu me …..
Olhei pela janela e senti vontade de dizer o quanto te amo.
Está frio bem sei mas que importa isso?
As palavras não eram suficientes e senti-lo também não.
Sentei-me na poltrona e senti vontade de te ter.
Continua frio e eu mantenho me aqui.
Não o receio, nunca o receei.
No entanto sempre te quis por perto, embora o tenha negado.
Nunca fui suficiente para ti e nem digna de te possuir.
Hoje anseio pelo teu calor mas mantenho a poltrona na sombra fria do Outono.
mas continuo a desejar-te intesamente
e é nessa intensidade que aguardo o raio de sol
Pois sei que nesse momento
 afinal já não fará assim tanto frio.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Na tua ausência de ti, amanheceu


Na ausência de ti
Ela procurou um motivo para estar.
Quis partir mas teve de ficar.
Desejou ter-te perto
Mas continuaste longe.
Quis  tocar-te mas escorreste-lhe por entre os dedos
Desejou tomar-te mas teve medo.
Abriu a caixa de segredos para poder ladrilhar a sua rua
Com os seus desejos e mistérios
Para que a visses como tua.
Desejou espalhar-te em si.
Rasgou o desejo e a vontade de te ter.
Ela quis morrer mas teve de fugir
Para poder apagar da memória porque a fizeste sorrir.
Assim, calidamente no amanhecer
Renasceu pois procurou um sonho
No meio da escuridão
que só conseguiu rasgar
Com o sol do perdão.