domingo, 4 de março de 2012

Baloiçando na infância


Na parede do quarto ali ficou
Uma história numa  foto que já passou
Continua a cativar-me a menina inocente de olhos verdes
Cabelos claros e sorriso doce.
Continuo a vê-la e pergunto-lhe
Quando foi que te perdi?
Quando deixei de ver-te?
Continua a provocar um sorriso mergulhado em rio
Continuo a vê-la a baloiçar na oliveira.
Numa constante brincadeira
que depois  a fazia correr pelos campos
aproveitado a eterna liberdade pura e inocente.
Por entre esses campos
Cravejados de pequenos sóis com que se deliciava arrancar os seus pequenos raios.
Continuo a vê-la incessantemente.
Pois sei que ela continua em mim
Mesmo que……
já não baloice na oliveira.

1 comentário:

  1. Talvez que a "menina inocente de olhos verdes" volte a baloiçar nos braços de uma oliveira que apareça...
    Belo poema, querida amiga.
    Beijos.

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