domingo, 27 de janeiro de 2013

A insónia


O meu quarto é o meu mundo
Nesse mundo mora alguém
Não sei se esse alguém me ama
Não reconheço ninguém.
Existe uma voz que me visita
Quando tudo adormeceu
Incessantemente
Toca no meu corpo
Mas não sabe ele
Que a alma morreu.
Olha-me em silêncio
Quando não o posso ver
Pois quando abro os olhos
Fico cega com a luz da sombra
que me ofusca.
Tento fugir dessa sombra
Peço à luz que não se esconda.
Agora não consigo dormir
Talvez tenha de esperar
Talvez amanha tenha o meu momento.
Agora retiro a máscara
Não me reconheço
Estou envelhecida
Parti o espelho.
Junto os pedaços
E só vejo parte de mim.

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