sábado, 9 de fevereiro de 2013

Da minha janela


À noite outras coisas vivem
Da minha janela não vejo as estrelas
Olho a paisagem mas não vejo ninguém
Mas no fundo da escuridão
Frio e delicado como a neve
Vejo um movimento leve.
A sombra de um corpo que avança devagar
E ousa revelar-se.
Finalmente vens ao meu encontro
Ajuda-me a fazer silêncio
Quando tenho uma vontade de chorar
que vem de dentro.
Está frio e apenas tenho uma capa
Que o meu corpo pouco tapa.
Envolves-me como a noite
Deixas-me despida
sem nada.
Tenho só o corpo, que sou eu
E o teu amor que é meu.
Agora é tarde…
Já amanheceu (em nós).

1 comentário:

  1. Belíssimo poema.
    Gostei muito, pel história que contas e pela beleza das imagens poéticas.
    Querida amiga, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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