sábado, 1 de março de 2014

Vês-me?




Atiro à queima-roupa.

Carrego de palavras alucinadas

as minhas armas:

canetas e lápis sem voz.

Podes cair de joelhos

para teres asas.

 

Escrevo à luz da vela

para que as palavras ardam

e te aqueças com elas.

É a Loucura que me faz flutuar.

Faz esquecer que sempre que inspiro

fico cheia de ar.

Preenche os espaços ocos

da minha existência.

 

Escrevo numa noite qualquer.

A minha poesia é um malmequer.

O meu Silêncio é uma Liberdade:

prende-me mas não existem celas.

É a tinta que tatua a minha pele com Palavras.

Assim me (d)vist(p)o com elas.

 

Abraço o que me resta.

Guardo as cinzas das Palavras ardentes

que iluminam o teu dia.

Não me conheces.

Não sabes quem sou.

A poesia é uma sombra.

É apenas aquilo que te dou.

Lê-me.

Acende as minhas Palavras.

Vês-me?

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