Foto: Natalia Drepina
Foge de mim.
Não queiras saber do que não vês.
Os espelhos estão sonolentos
e não refletem o que sou.
Não queiras saber da nudez da pele,
nem da luz da carne.
Lembra-te que quando a noite cai,
fecho os olhos dentro das pálpebras
e enterro-os debaixo do sono.
Não me perguntes
pelas nuvens de algodão
que carrego aos ombros.
Não procures explicação
para o orvalho perfumado
que trago na boca.
Não há!
Não ouças os passos
que me levam a imagens passadas.
Não te conduzem a lugar algum.
Não procures o sol que ilumina a terra
e se infiltra no interior da pele,
pois descobrirás a sombra
que me acompanha.
Foge de mim.
A inspiração é tão profunda
Que faz doer os pulmões.
Foge de mim.
É possível que aqui
percas a respiração.
Belíssimo, Ana!
ResponderEliminarExcelente!
ResponderEliminarBeijo.
muito bem.
ResponderEliminargostei. deveras!
Com uma ameaça destas, quem não foge...? eheheh...
ResponderEliminarMas o poema é excelente, parabéns, uma vez mais, pelo talento que as tuas palavras revelam.
Boa semana, querida amiga Ana.
Beijo.
Não se pode fugir a esta respiração
ResponderEliminarBj
Olá, Ana
ResponderEliminarEntrei aqui por acaso, e resolvi ficar um pouco para apreciar a óptima poesia que aqui se respira.
Já me fiz tua seguidora para não te perder o rumo e voltar com mais tempo.
Gostei imenso deste último poema, e a foto que o encima é maravilhosa.
Votos de bom fim de semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS